Depois de já ter visitado Copenhaga na Dinamarca algumas vezes, dei por mim a reparar que há certas coisas que quase me passam desapercebidas. Quase nem dou por nelas ou nem me parecem assim tão estranhas.
Mas a verdade é que são diferentes dos hábitos dos portugueses e lembro-me o quanto me surpreenderam na minha primeira visita a este país.
Uma das práticas mais evidentes é o uso intenso das bicicletas.
Até já listei 12 coisas que os dinamarqueses fazem com a bicicleta!
O estilo de vida dos dinamarqueses é naturalmente diferente dos nossos padrões de comportamento latino.
Apesar de eles serem muitas vezes considerados os latinos da Escandinávia, por serem mais “abertos” e “festivos” que os restantes nórdicos (Finlandeses, Islandeses, Noruegueses e Suecos). Mas não deixam de viver no Norte da Europa! 🙂
E apesar do mundo já ser uma pequena aldeia, onde é possível comer, comprar ou experimentar quase tudo em quase todo o lado (o que antes só se conseguia no seu país de origem), também é verdade que tudo continua a ser mais verdadeiro quando realizado no seu país natal.
É também por isso que continuamos a viajar.
Fui então anotando algumas curiosidades (e podiam ser muitas mais), nas minhas visitas a Copenhaga, que agora partilho aqui sem nenhuma ordem em particular.
Espero que vos possam ajudar quando visitarem a capital ou o país. Pelo menos, acho que ajudará a evitar alguns sustos ou embaraços! 😉
20 Coisas a não esquecer em Copenhaga:
1. PRESTAR ATENÇÃO ÀS VIAS DAS BICICLETAS
Em Copenhaga são realmente muitas, andam a grande velocidade por todo o lado e quando querem passar, querem passar! Chegam a apitar a quem se atravessa à sua frente.
2. RESPEITAR AS PASSADEIRAS E OS SEMÁFOROS
Verde é verde e vermelho é vermelho. Muito raramente alguém se lembra de atravessar a estrada com semáforo vermelho, mesmo numa rua de grande visibilidade e nenhum trânsito a passar.
3. CUMPRIMENTAR OS AMIGOS COM UM ABRAÇO
Os dois beijinhos é uma coisa nossa, por lá usa-se o abraço. Mas tal como em Portugal, o aperto de mão mantém-se para as relações mais formais.
4. CONFERIR AS TOMADAS DE ELECTRICIDADE
Algumas delas têm um botão ligar/desligar e se colocarmos algo a carregar e depois de algumas horas ainda não tiver carregado, o mais provável é que a tomada esteja desligada!
5. EVITAR O PAGAMENTOS POR MULTIBANCO
Algumas lojas e restaurantes cobram uma taxa quando se paga com o cartão multibanco. Normalmente ninguém avisa, só no fim, depois de pago e com o recibo na mão é que se dá por isso.
6. TROCAR OS EUROS
Pode parecer básico, mas muita gente se esquece que a Dinamarca não tem o euro. Pode-se então trocar as coroas (moeda oficial) num banco em Portugal ou até lá, mas a melhor forma de obter as notas continua a ser levantar nas caixas multibanco dinamarquesas.
7. NÃO OLHAR PARA DENTRO DAS CASAS
As janelas são grandes e quase sempre livres de cortinas e cortinados, de dia e de noite, mas isso não nos dá o direito de invadir a privacidade dos seus habitantes (quando alguém olha lá para dentro é quase certo que é estrangeiro).
8. USAR O SEU PRÓPRIO EDREDON
Ainda no capítulo do respeito da individualidade e privacidade de cada um, não é de estranhar que as camas de casal tenham dois edredons individuais e não um de casal (além de não terem lençol de cima). Por lá é normal assim. Para não incomodar o outro.
9. ANDAR DE TRANSPORTES PÚBLICOS
Os transportes são quase todos recentes e muito pontuais e frequentes. Os bilhetes são válidos para todos os tipos de transporte na cidade (autocarro, comboio e metro) e durante 1,5h pode-se entrar e sair quantas vezes quiser. As crianças até aos 12 anos viajam gratuitamente.
10. VERIFICAR A ÁGUA
Para líquido essencial à vida é bastante cara, mesmo no supermercado, uma garrafa de 1,5 litro pode custar entre 1 e 1,5 euro. Há pouca escolha de marcas e o normal é ter gás. Ou seja, se quiserem água sem gás têm de pedir especificamente pois isso é que sai fora do habitual.
11. FALAR INGLÊS
O dinamarquês é uma língua difícil, com sons bastante diferentes do que estamos habituados e com letras que não fazem parte do nosso alfabético no entanto, todos falam inglês fluentemente. Mas não custa nada agradecer como eles o fazem – Tack!
12. APROVEITAR O DIA
No Inverno, é boa ideia guardar as compras ou visitas a lojas para o fim do dia e os passeios na rua para a parte do dia com luz. É que os dias são muito curtos e mesmo que não esteja a chover, a nevar ou céu nublado, será praticamente de noite por volta das 15h. No Verão é o contrário, muitas horas de luz para aproveitar até depois das 23h. Caminhadas, piqueniques, bicicletas e parques fazem parte das opções.
13. NÃO PENSAR QUE AS CRIANÇAS FORAM ABANDONADAS
Os pais desde cedo incentivam a autonomia e independência das crianças. É normal irem para a escola sozinhas de bicicleta depois dos 12 anos. Mas também é normal o passeio estar ocupado com carrinhos de bebés, parados e sozinhos. Não foram abandonados, os pais só foram às compras à loja ali à frente. E os bebés ficam na rua à espera (nota: os graus negativos não alteram este hábito).
14. CONFIRMAR AS DISTÂNCIAS
O país é pequeno por isso as distâncias entre quaisquer duas cidades são também normalmente curtas. Se vos dizem que é longe, confirmem os quilómetros, serão normalmente surpreendidos.
15. LEVAR CAMISOLAS
O clima é instável e mesmo no Verão há chuva e faz frio. Nas esplanadas dos cafés e restaurantes, existem mantas em cima das cadeiras para quem quiser ficar mais quentinho e confortável, porque mesmo no Inverno é normal usufruir do ar livre ao máximo.
16. APRECIAR AS LOJAS
Muitas são pequeninas, de decoração e acabamentos antigos, cheias de charme e repletas de artigos vintage, misturadas com peças de design. Aliás essa é também uma característica do comércio, está tudo misturado, uma loja pode vender roupa, brinquedos e sapatos, de estilo moderno ou não, tudo junto num espaço quase mínimo.
17. ANDAR DE BICICLETA CARGO
As pessoas vão para o trabalho, ao supermercado ou passear as crianças de bicicleta. Há vários cores e modelos, mas o que mais gosto são as cargo: bicicletas com uma caixa na parte da frente. No Inverno, normalmente colocam uma cobertura, para proteger o que lá vai dentro – muitas vezes crianças sorridentes, mas também vi cães e adultos. Há várias empresas que as alugam por umas horas, o que se torna uma experiência única para qualquer visitante.
18. PROVAR AS AMÊNDOAS
Nas principais ruas pedestres de Copenhaga há vários vendedores de amêndoas caramelizadas, acabadas de fazer para as tornar ainda mais estaladiças. São servidas em pequenos pacotes de papel, a fazer lembrar as nossas castanhas assadas. Recomendo.
19. COMPRAR NA RUA
Grande parte das lojas têm bancadas na rua. Sejam sapatos, livros, roupa, fruta, brinquedos ou mobília, não achem estranho se parte do passeio estiver ocupado por estes itens. Mas principalmente, não achem estranho eles estarem assim, ali, sem alarmes, sem ninguém a tomar conta. Porque também não se espera que ninguém lhes mexa sem pagar.
20. PASSEAR, PASSEAR, PASSEAR
Há jardins, lagos, trânsito organizado e um índice de segurança enorme. Ninguém deixa de sair de casa, mesmo à noite, por receio de ser abordado ou assaltado na rua. Acredito que o maior inimigo dos passeios no Inverno seja mesmo o frio!
E assim termino este (pequeno) retrato de Copenhaga, na Dinamarca, já considerado o país mais feliz do mundo e um dos mais family-friendly que conheço.
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7 Comentários
Vou fazer uma primeira viagem até a Dinamarca e achei este artigo muito útil.
Obrigado!
E eu agradeço a visita! Fico muito contente por ter ajudado. Boa viagem 🙂
🙂 obrigado , estou adorar, visitei o tivoli theme park e a sereia muito bonito mas a lingua é dificil. ah, e vi o dinamarca vs portugal no estadio 🙂
Já la fui e é exatamente assim.
Fiquei surpreendido pela quantidade de portugueses que lá trabalham.
Recomendo vivamente um viagem a Copenhaga.
Que maravilha Rui! Obrigada pela visita e partilha 🙂
Irei à Dinamarca /Noruega /Suécia no final de maio /início de junho deste ano e gostaria de saber se faz frio ou é quente o clima.
Olá Gisele, pela minha experiência, em maio/junho já não faz muito frio na Escandinávia. Mas também não posso dizer que é quente, pois lá o clima nunca atinge temperaturas muito elevadas. Mesmo no verão pode chover e ficar fresquinho. Aconselho a levar um impermeável e um agasalho leve.