No mês passado, Óbidos foi eleito o segundo melhor “Pequeno Destino” da Europa.
A votação foi realizada através de uma parceria entre o site Globalgrasshopper e o Hotel.info, e durante o mês de Fevereiro quem quisesse votava online nos seus preferidos. Estavam a concurso 52 lugares europeus com menos de 100 mil habitantes.
Aliás o método de votação era feito entre dois destinos internacionais que concorriam directamente entre si, por exemplo Óbidos estava a concorrer contra Ribe na Dinamarca – que acabou por vencer. Portugal, além de Óbidos estava ainda representado pela Ericeira e os dois acabaram mesmo por ficar nas 10 melhores posições!
Segundo a organização, foram recebidos mais de 22 mil votos e foi tudo muito renhido pois os primeiros dois destinos ficaram com poucos pontos de diferença: Ribe com 3965 e Óbidos com 3734 votos.
Aqui está a lista final dos vencedores:
1º – Ribe (Dinamarca)
2º – Óbidos (Portugal)
3º – Sigulda (Letónia)
4º – Mostar (Bósnia e Herzegovina)
5º – Ohrid (Macedónia)
6º – Bled (Eslovénia)
7º – Positano (Itália)
8º – Ericeira (Portugal)
9º – Ronda (Espanha)
10º Hallstatt (Áustria)
Como já estivémos em família nos dois primeiros classificados, (apesar de ter sido com frequências muito diferentes – apenas visitámos Ribe uma vez), mas estes dois lugares deixaram-nos muito boas memórias e é parte delas que irei agora aqui partilhar.
ÓBIDOS – é um local a que a minha família gosta sempre de voltar. Em Outubro andámos de charrete e fizémos geocaching. Em Dezembro visitámos a Vila Natal e ainda este mês esperamos ir ao Festival do Chocolate. Confesso que de todas as festas que a Vila organiza, o Mercado Medieval em Junho /Julho é a nossa preferida. Talvez pela envolvente conseguida, pelo ambiente de festa, pela diversidade e diversão da equipa de animação ou pelo tempo agradável normal daquela época do ano, nem sei bem.
Esta pequena Vila está toda praticamente dentro das muralhas do castelo, e é isso que a torna também tão singular e pitoresca. Acho por isso que não é preciso fazer grande coisa por lá, pois só o passeio vagoroso por aquelas ruas estreitas e labirínticas servem perfeitamente de brincadeira e aprendizagem para miúdos e graúdos.
De qualquer forma, estas são 3 das coisas que mais gostamos de fazer em Óbidos:
Dar a volta às muralhas – não é possível dar a volta completa, mas quase. E, dependendo da idade e da energia dos mais novos, acho não é perigoso, os adultos só têm de assegurar que os miúdos ficam do lado de dentro e não correm, nem se distraiem demasiado com a paisagem! Demora cerca de uma hora a percorrer tudo.
Apreciar a vista desde a Pousada – a Vila é linda, já se sabe, mas, para mim, um dos locais com melhor vista para grande parte do casario (além das que se conseguem desde o cimo das muralhas) é sem dúvida, desde o pequeno largo da Pousada do Castelo. É preciso subir umas pequenas escadas, mas vale a pena o esforço. E de lá, podem-se até contar várias histórias de como a Vila parece (quase) parada no tempo.
Visitar uma livraria – há várias e são todas diferentes. Até pode ser giro jogar ao “descobre as diferenças”, de tal forma são únicas e diferenciadas das que se encontram noutros locais. Fazem parte do projecto Vila Literária (com cerca de 10 livrarias espalhadas pela Vila), e as minhas duas preferidas são a de Santiago (já foi uma Igreja) e a do Mercado Biológico (já foi um refeitório municipal).
RIBE – estivémos lá em 2009, a caminho da Legoland em Billund. Lembro-me de que para chegar ao nosso destino não era preciso passar por aqui, mas na altura fiz questão em fazer um pequeno desvio pois tinha lido que era a cidade mais antiga da Dinamarca e que valia a visita porque era bastante típica.
Ficámos num apartamento, a uns 15 minutos a pé do centro, o que nos deu a possibilidade de conhecer alguns dos hábitos da vida dinamarquesa. Mas o que não contávamos era com a alegria dos miúdos, em poder correr e saltar livremente, depois de algumas horas dentro do carro. E se o tempo da estadia já não era à partida muito (uma noite apenas), as crianças descalças por ali a brincar, os patos à solta, a água tão perto e o trampolim gigante também não ajudaram…ou seja, foi impossível conseguir arranca-los dali durante grande parte da tarde, e por isso, pouco vimos de Ribe!
Só quase ao anoitecer, já exaustos, lá se convenceram a dar a brincadeira por terminada. Mas viajar com os miúdos também é isto: prescindir de algumas visitas, para que eles possam divertir-se, descansar, brincar mesmo com coisas tão simples como um trampolim ou uns quantos patos soltos. E acabam por ser estas as melhores recordações!
Estas foram então as 3 coisas que mais gostámos de fazer em Ribe (além de saltar no trampolim, claro!):
Participar numa visita guiada nocturna – foi então já quase às escuras que participámos numa visita, gratuita, onde o guia – ou melhor o vigia, “watchman” em inglês – nos deu a conhecer parte de Ribe. Pelo que entendi estas visitas são organizadas todas as noites às 20h de Maio a Outubro e não é preciso marcar, é só aparecer no local e hora marcada. Duram cerca de uma hora e são faladas em dinamarquês e inglês. Perfeito, portanto.
Visitar a catedral – a cidade é pequena e tem casas essencialmente baixinhas, por isso a catedral destaca-se na paisagem, conseguindo-se ver mesmo a quilómetros de distância. É um dos poucos exemplares de construções religiosas medievais que ainda restam na cidade. Para os interessados na matéria fiquem a saber que é um 3 estrelas do Guia Michelin e demorou cerca de 100 anos a ser construída.
Percorrer as ruas antigas – a parte mais antiga, da cidade mais antiga da Dinamarca é impressionante! Como a visitámos durante o início da noite, foi possível ver através das tradicionais janelas descobertas – ou seja, sem cortinados corridos – muitas pessoas a jantar, a ler, a ver televisão no sossego destas pequenas e antigas coloridas casas.
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