Dei um sumiço por aqui no blog, não foi? Pois! Permiti-me entrar no espírito único da Bahia – alegre e descontraído, como só mesmo este por aqui!
E apesar de não ser a primeira vez que estamos no Brasil, esta viagem começou logo cheia de surpresas. Até os miúdos repararam quando o comandante informou momentos antes de aterrarmos em Salvador, no estado da Bahia, que “a temperatura no nosso destino está mediana, estão 24 graus”. E antes de ouvir a pergunta esperada: “o que é mediana, mãe?” até eu própria me interroguei (mas com aquele sorriso de quem até nem se importa nada)…desde quando 24 graus é uma temperatura mediana?
Mas eu estava determinada a esclarecer esta coisa das temperaturas por aqui e então perguntei ao taxista que depois nos levou ao hotel se ele considerava que estava frio naquele dia. Ele foi esclarecedor: “agora estamos no Inverno e isto são temperaturas baixas para nós, tenho quase 50 anos e não me lembro de ver descer muito dos 20 graus por aqui”.
E aí eu reparei no ar extasiado dos meus filhos! O olhar deles procurava a minha confirmação, a validação de que estavam realmente a ouvir bem mas por outro lado, não se queriam distrair pois a conversa interessava. Um deles até arriscou satisfazer a natural curiosidade “e qual foi a temperatura mais alta de que se lembra?”.
Mas até acho que a resposta acabou por desiludir um bocadinho, porque como noutras situações também nisto do clima não são só os números que interessam, há sempre os outros factores, aqueles que também contam para o resultado final, e neste caso concreto é a humidade que interfere no calor que se sente. Ficámos então a saber que em Salvador não vai muito para além dos 35 graus no Verão e mesmo assim “já é difícil respirar, só mesmo com o ar condicionado ligado”.
Bem, mas esta divertida conversa inicial serviu para uma nova apresentação à Bahia e também para completar o rol de episódios de viagem daquele dia. Pela primeira vez, apenas nos chegaram metade das malas de porão, o que é a prova que realmente estas coisas acontecem e que ter uma mochila sempre connosco com uma muda de roupa e todos os outros pertences importantes e insubstituíveis para as primeiras noites no destino é super importante.
Neste caso, nem éramos os únicos a quem isso tinha acabado de acontecer o que também nos serviu um pouco de garantia de que talvez as malas fossem aparecer rapidamente. Depois de formar fila, ali mesmo ao lado do tapete rolante, preenchemos uma declaração com as informações do voo e as características das malas. E tenho de realçar de que apesar do cansaço, do transtorno e do número considerável de pessoas à espera (mais de 30), este processo contou com a simpatia dos funcionários do aeroporto.
E para quem não sabia, tome nota: a companhia de aviação compromete-se a entregar gratuitamente as malas desaparecidas numa morada indicada pelo passageiro e retribui, contra apresentação de recibos, 100 dólares por dia e por mala em compras. Aqui não, mas noutros casos anteriores, também recebi uma bolsa com algumas amostras de produtos básicos de higiene.
Com isto tudo, já eram praticamente 18h e estava a escurecer lá fora. Depois de muitas horas de voo e algum jetlag, só mesmo a boa disposição baiana para nos relembrar que tínhamos chegado a um local quente e alegre. “Sorria, está na Bahia!”
AVALIE ESTA PUBLICAÇÃO