Até quando procuramos onde ficar a dormir podemos ser criativos. Em alguns casos, há alternativas seguras e confortáveis ao habitual quarto de hotel que valem a pena ser exploradas. Não se espere as mordomias de um hotel, como elevadores ou ajuda para carregar as malas, pois estas propostas originais valem mais pela experiência do que pelos serviços oferecidos.
Aqui ficam então algumas ideias, já todos experimentadas e aconselhadas pela minha família, para tornar o descanso mais inesquecível:
1 – Casinha em madeira
Durante a viagem pela Dinamarca que fiz em família em 2009, ficámos num parque de campismo, mesmo em frente ao Roskilde Fjord na cidade de Roskilde, a cerca de 40 quilómetros de Copenhaga. O local era muito calmo e bastante bonito pela mistura de cores: o vermelho das casas, o verde da relva e o azul da água formavam um enquadramento perfeito.
Esta paisagem, principalmente por causa das formas e das cores, faz parte do meu imaginário como sendo algo muito Escandinavo. E foi interessante conseguir passar para o real as imagens antes idealizadas. A casa onde ficámos estava equipada e dava para preparar refeições e as camas eram beliches, o que é sempre mais um bom motivo para as brincadeiras dos meus miúdos.
O espírito campista era evidente por todo o parque. Respeito pela natureza, descanso e descontracção acima de tudo.
Encontrei este parque numa pesquisa pela página do turismo da Dinamarca e lembro-me que estava relativamente perto do vikingeskibsmuseet, museu que expõe os barcos Viquingues.
2 – Hostel
Em algumas cidades é uma boa alternativa ao hotel. O da fotografia é em Bruges, Bélgica. Apesar de normalmente não se conseguir encontrar pela Europa a mesma qualidade e design que se encontra nos premiados hostels de Lisboa e Porto, com alguma pesquisa encontram-se acomodações limpas e cómodas a um bom preço. Em grande parte dos casos há a opção de casa de banho privada e quartos duplos, para fugir aos populares dormitórios.
O preço é por pessoa ou por quarto e apesar de algumas excepções em relação à idade, actualmente recebem muito bem famílias e crianças. As áreas comuns são pensadas no convívio e muitos hostels até têm cozinha para a confecção das refeições dos hóspedes.
Muitas vezes estão instalados em prédios antigos recuperados e preservam o carácter da cidade onde se encontram.
Na internet, encontram-se em: hostelworld, hostels, hostelbookers ou até mesmo no mais conhecido booking.
3 – Hostel-barco
O que ficámos era em Berlim, mas há outras cidades com rio ou lago que também oferecem este tipo de alojamento: um barco ancorado muito perto da margem e transformado em alojamento original.
A aventura começa logo à entrada quando deixamos terra firme, e para chegar ao barco temos de passar por uma pequena ponte. Neste caso, as boas-vindas foram dadas pelas palavras “welcome aboard” escritas numa bóia branca e vermelha e logo a seguir por um simpático rapaz atrás de um alto balcão de madeira.
Depois de percorrer alguns corredores estreitos e sombrios chegámos ao nosso quarto que tinha dois beliches, uma casa de banho e a típica janela redonda dos barcos, que os miúdos reconheceram de imediato de outras histórias. A parte ampla do primeiro andar servia de sala de pequenos-almoços.
Não sei se foi do cansaço acumulado durante o dia mas a verdade é que o nosso maior receio, o enjoo por causa do pequeno mas constante movimento do barco, não se sentiu e dormimos todos muito bem. Apenas nos recordamos do cheiro e do barulho característicos da maresia. E das luzes da cidade reflectidas na água durante a noite. Fantástico!
Aliás, normalmente a localização destes barcos é relativamente boa ocupando uma posição privilegiada no mapa da cidade.
4 – Autocaravana
Também serve de transporte mas a parte de poder dormir numa cama por cima do condutor tem um sabor especial. Aliás essa era a grande condição, quando os meus filhos começaram a falar na ideia da autocaravana. Sim, porque esta ideia partiu deles, por influência de um filme animado que tinham visto. E claro que ter por uns dias um carro com camas, tinha muito mais piada se essa cama fosse alta e por cima da cabeça do condutor.
Na altura em que aluguei a autocaravana que aparece na fotografia em 2006, era Inverno e havia uma estadia mínima de 3 dias que variava consoante a época do ano, já que no Verão subia para uma semana.
Andámos pelo norte de Portugal. Durante o dia em visita a praias ou cidades e durante a noite procurávamos um parque de campismo para estarmos mais seguros. Foi engraçado acordar com os sons da natureza bem por perto, enquanto tentar ir à casa de banho com o carro em andamento era uma aventura procurada pelas crianças.
A única parte negativa de que me lembro é o frio que passámos. Depois da primeira noite aprendemos a vestir bastante roupa para dormir!
5 – Apartamento
Alugar um apartamento enquanto estamos fora de casa é levar um pouco de conforto e descontracção às nossas vidas. Pudemos fazer os nossos próprios horários e respeitar o ritmo da família e temos a hipótese de preparar as refeições e de usufruir de uma cozinha equipada, uma sala com sofá e mesa de jantar. Muitas vezes também existe máquina de lavar roupa e outros pequenos electrodomésticos à disposição.
Além disso temos também a hipótese de personalizar a nossa estadia e conhecer um pouco melhor a cultura do país ao conviver com a decoração e as regras da casa.
O conceito é alugar casas particulares directamente aos particulares. Por vezes existe uma taxa de limpeza ou então o compromisso de deixar a casa como a encontrámos.
Já recorri a esta opção várias vezes na Europa e alguns dos sites a utilizar são: homeaway, homelidays, wimdu e mesmo o booking, que apesar da vertente mais profissional, também tem algumas propostas de apartamentos.
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