Quando li num guia local que um dos principais cuidados a ter nas praias seria a presença insistente das gaivotas, pensei: “não pode ser assim tão mau…”. Mas depois de algumas horas a partilhar o mesmo espaço com as incontáveis e desinibidas gaivotas que estão invariavelmente nas praias, nas ruas, em cima dos carros (!!) entendi o propósito do aviso.
E se durante o dia tentam roubar toda e qualquer comida exposta e passeiam por entre as pessoas “cheias de personalidade”, à noite não deixam de incomodar com o som estridente que emitem constantemente (mesmo com todas as janelas fechadas é quase impossível conseguir ignorar o barulho!).
Para além desta companhia forçada, comum a todas as cidades do litoral por onde passámos, também lá está sempre o pier e os seixos. Areia, quase não há. Em alguns locais, quando a maré está mais baixa, aparece alguma, mas acho que a parte das pedras é sempre em maior quantidade.
Caminhar ou deitar é bastante díficil. Para já não falar do vento e do sol “intermitente”…”Por isso é que eles gostam tanto das nossas praias!” concluíram rapidamente os miúdos.
De Hastings a Brighton, passando por Eastbourne, são mais de 60 quilómetros de atracções diversificadas e paisagens deslumbrantes. Aqui fica o resumo dos nossos passeios.
HASTINGS
A parte da cidade antiga está bem cuidada e é bastante movimentada, cheia de lojas de antiguidades e pubs. Há ainda um castelo e, para os mais aventureiros, a possibilidade de fazerem uma visita guiada e interactiva por passagens subterrâneas que contam um pouco a história da cidade – no Smugglers Adventure. Apesar das altas expectativas, os miúdos acharam “pouco assustador”.
No bonito bairro dos pescadores há restaurantes, museus, centro de exposições e o aquário Blue Reef Aquarium. Junto à praia há ainda uma grande e animada concentração de actividades para a familia inteira: carrosséis, mini-golfe, pistas de karts ou ainda um lago com barcos para alugar.
EASTBOURNE
Quando tem concertos agendados para o seu bonito e grande coreto – a Bandstand – perto do mar, a cidade fica bem mais animada, pois à parte disso até é bastante calma. As cabanas de madeira na praia e o Pier dão-lhe alguma singularidade e contribuem sem dúvida para um certo charme que é atribuído a esta cidade da costa inglesa.
Vale bem a pena percorrer cerca de oito quilómetros, desde o centro da cidade, para visitar um dos mais famosos e fotografados locais da região: Beachy Head. O pequeno farol vermelho e branco, as rochas brancas e os envolventes campos verdes formam um enquadramento perfeito de contrastes em formas e cores.
Apesar da constante atenção que é necessário ter com os mais jovens pois é uma enorme falésia desprotegida – com mais de 160 metros de altura – penso que foi uma óptima oportunidade para eles caminharem e sentirem os elementos da natureza bem de perto.
BRIGHTON
É a estância balnear mais perto de Londres e também a mais animada neste nosso percurso. Tem um enorme passeio à beira-mar, cheio de cafés, que fica completamente apinhado de pessoas nas férias de Verão.
O Brighton Pier acolhe actualmente vários restaurantes e locais de entretenimento, a fazer lembrar a nossa feira popular. O Francisco não resistiu a experimentar o touro mecânico!
Encostado à praia está também outro dos atractivos preferidos: o aquário Sea Life, cheio de tubarões e outras espécies marinhas.
Na centro da cidade, encontra-se o Royal Pavilion que é um majestoso palácio oriental, a começar pelos seus jardins, onde muitas familias aproveitam para comer, descansar ou simplesmente brincar. Nós não entrámos no palácio (“mãe, hoje não apetece ver museus!..”) mas gostámos muito de fazer parte daquele fantástico e descontraído ambiente.
E assim terminamos a nossa viagem pelo Sul de Inglaterra. Depois do campo e da praia, seguimos para a grande cidade: Londres aqui vamos nós!
AVALIE ESTA PUBLICAÇÃO
1 Comentário
Que engraçado! Em Amesterdão também havia uns pombos atrevidos que nos queriam roubar o almoço! 🙂