Há quem me pergunte: porquê fazer férias em família? Eu podia simplesmente responder: porque é muito bom. E só isso já bastava!… 🙂
Mas para quem ainda não se sente muito confortável com a ideia de viajar com a família eu partilho aqui a minha experiência, já que para mim nunca fez sentido deixar os miúdos em casa.
Gostava de conseguir transmitir a todos os indecisos, como pode ser tão COMPENSADOR e FÁCIL viajar em família (sendo que nem mesmo as contrariedades me convencem do contrário).
Ainda oiço alguns pais afirmarem que preferem esperar que os filhos cresçam para os meter num avião, carro ou comboio e levá-los a conhecer o mundo. Só porque enquanto eles são pequeninos não se vão lembrar de nada.
Eu acredito que por muito pequenos que sejam, retêm sempre alguma coisa. Alguma coisa naquele lugar ou situação, os vai eventualmente ajudar a resolver problemas no futuro. Os vai capacitar de ferramentas, aprendizagens úteis (ainda que inconscientemente). Os vai tornar pessoas mais toleráveis, mais abertos à mudança, mais flexíveis. Mais desenrascados!
Além de que naquele momento foi simplesmente muito bom estarmos juntos. E todas as deliciosas memórias colectivas que guardamos são irrepetíveis. Todos aqueles preciosos e pequenos momentos cúmplices, que nos marcam para o resto da vida e até sem darmos conta, as inúmeras boas histórias que ficam.
Também oiço alguns enumerarem os receios que têm em fazer férias em família, pois acham que os miúdos não se vão adaptar à comida, ao clima, à cama, às muitas horas de viagem…
Pois saibam que os mais novos têm normalmente uma capacidade de adaptação surpreendente. E muitas vezes, talvez sejam mesmo os pais que ainda não estão preparados para sair da sua própria zona de conforto e aceitar o desafio que é levar os miúdos para todo o lado.
Mas vejo cada vez mais famílias a passear, o que pode significar que alguns valores e convicções persistem mesmo à agitação do dia-a-dia.
E este Viajar em Família é sobre isso mesmo. É sobre como é realmente possível. Está cheio de relatos pessoais, sugestões e dicas sobre as várias formas de fazer isso acontecer.
Inspirem-se à vontade! Desde o passeio mais simples em Portugal, às visitas divertidas pela Europa, até a uma viagem mais longa ao Brasil.
Porque eu não me esqueço que o tempo continua a passar. Que os miúdos estão sempre a crescer (os pais a envelhecer!).
E sei que um dia, quando chegar o momento em que eles vão seguir o seu caminho, e já não vão querer viajar comigo (sim, eu sei que isso – eventualmente – vai acontecer), eu vou ter a certeza de que aproveitei todas as oportunidade possíveis para fazer férias em família.
Por isso aconselho sempre a tentarem fazer algo de novo, férias em família diferentes, para que os dias não se pareçam todos iguais, para que as saídas não se tornem repetitivas. E consigam realmente retirar toda a satisfação que essa experiência vos pode dar.
Para os que ainda acham que não vão conseguir sobreviver às viagens em família, pensem em cada saída como um pretexto para passar tempo juntos, intensificar laços afectivos e amplificar conhecimentos. Depois de experimentarem, talvez fiquem viciados! 😉
Porque eu não tenho dúvidas sobre a importância de viajar em família, como parte da formação das crianças e união familiar.
Claro que também há truques para viajar com crianças. Nem tudo é fácil, nem sempre corre tudo como gostaríamos: os miúdos fazem birras, não entendemos o que nos dizem, os transportes atrasam, o tempo está chuvoso…
Mas isso também acontece em casa, por isso a minha conclusão é só uma – mais vale ir do que ficar (para a próxima corre melhor)! Viajem com os filhos, enquanto podem.
Então, este é o meu melhor conselho: VÃO. Façam. Descubram. Arrisquem.
Divirtam-se o mais que puderem, porque é mesmo tudo muito mais fácil do que parece!
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