Viajar também é aprender, aceitar a diferença, vivenciar novas experiências, respeitar outras tradições. Ora, na nossa viagem a Cabo Verde vimos o que nunca tínhamos visto e (re)aprendemos ao vivo e a cores que o significado das palavras e o conceito que quase intuitivamente atribuímos a determinadas coisas nem sempre é igual em todo o mundo. E só por isso já valeu a pena a deslocação, especialmente para os miúdos. Porque esta viagem foi a nossa primeira visita a África, daí também a intensidade com que vivemos todos os momentos. Eu tinha bastante curiosidade em conhecer, muita gente fala das cores, das pessoas, dos cheiros, dos sabores daquele continente. Pois lá pude confirmar que é mesmo assim como dizem. Se houver disponibilidade para isso, uma ida ao mercado, por exemplo, pode deixar cair todos os preconceitos, todas as ideias pré-concebidas que possamos ter construído. Nós fomos a um mercado pequenino, com apenas 3 ou 4 vendedores mas quase que senti o orgulho deles em estarem ali a mostrar e a negociar os seus próprios produtos. Vi frutas e legumes que não conhecia mas essencialmente vi pessoas tão simples, tão afáveis, tão naturais que me desarmaram logo. Vi que valorizam cada grão, cada bago, cada moeda, cada gesto, cada palavra, cada sorriso e eu gosto muito disso. Por ali, a evidente escassez material pareceu-me ter uma ligação muito própria com os sentimentos. É sem dúvida, e tal como também dizem por aí, uma verdadeira lição de vida.
Local: Ilha do Sal, Cabo Verde
Dica: Podem dividir alguma coisa com as crianças que estiverem por ali (nós dividimos os nossos amendoins)
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