O Mosteiro dos Jerónimos é um dos eleitos nas 7 Maravilhas de Portugal. E sim, está sempre cheio de turistas com guias a debitarem datas e nomes importantes da História de Portugal, mas mesmo assim acho que vale a visita por ser uma obra tão bonita e emblemática.
Ao mandar construir este edifício, o rei D. Manuel I quis perpetuar a memória do Infante D. Henrique instalando aqui o panteão para a sua dinastia.
E preparem-se, os 300 metros de comprimento do Mosteiro dos Jerónimos impressionam logo à chegada. Depois, os seus incríveis detalhes que encerram tantas histórias, aventuras, descobertas… encantam verdadeiramente miúdos e graúdos.
Ali é visível toda a riqueza de Portugal na época dos descobrimentos e o papel dos portugueses no mundo durante os séculos XV e XVI. É toda uma confluência de culturas distintas.
Perto da zona onde está implantado o Mosteiro dos Jerónimos – Belém, em Lisboa – existem muitas opções de passeios para a família inteira: museus interessantes, jardins com parques infantis, fontes e relvados enormes. Até o Rio Tejo está por perto.
Então, a minha sugestão é para que reservem várias horas do dia e fiquem por ali. Conseguem fazer tudo tranquilamente a pé.
Do outro lado da larga Avenida Brasília (facilmente acessível por um túnel) está a Torre de Belém, mais uma obra que saiu vencedora da eleição que colmatou num gigante evento dia 07.07.2007 e que pretendeu enaltecer o património nacional.
Os escolhidos para ocupar o Mosteiro dos Jerónimos, durante mais de 300 anos, foram os monges da Ordem de São Jerónimo (já se vê de onde vem o nome). Sendo que a orientação espiritual dada aos navegadores que deixavam Lisboa para desbravar mundo era precisamente de sua responsabilidade.
Ao longo da visita, não se esqueçam de apreciar a Igreja Santa Maria Belém, o imponente claustro, o refeitório com belos painéis de azulejos azuis e amarelos ou ainda a livraria.
Mas também os vários túmulos de reis, rainhas e outras ilustres personalidades portuguesas, tais como Vasco da Gama, Luís de Camões, Fernando Pessoa. Este Monumento faz parte da lista do Património Mundial da UNESCO.
MORADA
Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, Lisboa, Portugal.
Está a cerca de 320 km do Porto e a 280 km de Faro.
ESTACIONAMENTO
Existem vários parques de estacionamento perto do Mosteiro dos Jerónimos. Uns com e outros sem parquímetro. É procurar o mais conveniente.
HORÁRIO
Outubro a Abril: das 10h às 17h30
Maio a Setembro: das 10h às 18h30
De Outubro a Março das 9h às 18h. De Abril a Setembro das 9h às 19h.
Encerra nos dias:
- 1 de Janeiro
- domingo de Páscoa
- 1 de Maio
- 13 de Junho
- 25 de Dezembro
- às segundas-feiras
PREÇO
- Adultos: 10 euros
- Crianças até 12 anos: gratuito
- Bilhete Família (2 adultos + mínimo 2 filhos menores de 18 anos): desconto de 50%
A entrada é gratuita para todos no primeiro domingo de cada mês.
* Actualização * A partir de dia 2 de Julho de 2017, a entrada é gratuita todos os domingos até às 14h.
Existem vários bilhetes conjunto que agregam algumas visitas diferentes, por exemplo, Mosteiro dos Jerónimos + Torre de Belém tem o valor de 12 euros.
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Ora, e estando aqui, há que aproveitar todos os outros pontos de interesse que se encontram bem pertinho, na verdade, a apenas alguns minutos a pé. Usufruam então do vosso tempo em família da melhor forma que conseguirem nesta zona super concentrada em cultura.
COMER
Pastéis de Belém: Não haverá maior cliché em Belém do que ir comer um pastel (às antigas instalações de uns anexos de uma tal refinação de cana-de-açúcar, onde tudo começou) agora conhecida como Pastéis de Belém. Conta a história que estes doces são originários do Mosteiro dos Jerónimos, ali tão perto.
Parecem-se em quase tudo com os típicos pastéis de nata portugueses. Mas estes são únicos, porque são de Belém. Têm a casca estaladiça, o recheio cremoso e são servidos ainda mornos. Há sempre canela e açúcar em pó para salpicar a gosto. Claro que com este sabor delicioso, há muitos meninos mais crescidos que comem cada unidade de uma só dentada. Eu conheço alguns!
Saibam que existe uma fila à entrada apenas para takeaway, para quem quiser levar e comer a iguaria num outro lugar. E existem várias salas, para quem preferir saborear ali mesmo (a minha preferida é a primeira à esquerda, com uns bonitos azulejos azuis e brancos, uma sala estreita mas muito charmosa).
Lá mais para dentro, através de um enorme vidro dá para acompanhar parte do processo de fabrico dos famosos pastéis. A receita continua igual desde 1837 mas, claro, guardada em enorme segredo.
Restaurante Este Oeste: Está dentro do CCB (Centro Cultural de Belém) e tem uma grande sala confortável. Os pratos são confeccionados à frente de todos, na cozinha aberta para as mesas. Ao fim-de-semana recomendo irem cedo e /ou fazerem reserva pois existem sempre muitas famílias com a mesma ideia que nós…
A ementa centra-se em sabores italianos e japoneses. As pizzas em forno de lenha são deliciosas e as massas primam pela criatividade dos sabores. O jardim esplanada, com vista para o Rio Tejo, dá para esticar um bocadinho mais a refeição nos dias bonitos. Lá, os miúdos podem correr, saltar e brincar à vontade.
Hamburgueria Honorato: Existem várias espalhadas pela cidade, mas esta é bastante conveniente para uma refeição simples e rápida, muito perto do Mosteiro dos Jerónimos. Já sabemos como um hambúrguer agrada à maioria.
Estes são do tipo artesanal e com um qualquer toque de requinte. Servidos com batatas fritas e maionese de alho. A sala de refeições é no andar de cima, mas existe uma esplanada que pode ser agradável para quem gosta de comer ao ar livre.
VISITAR
Museu da Presidência da República: A cor da casa (rosa) e os guardas impecavelmente fardados chamam a atenção. Porque a entrada deste museu é na porta ao lado da grande entrada do Palácio de Belém. No museu, existe uma exposição tradicional de peças de colecção, mas a informação é interactiva. Os Símbolos Nacionais são os primeiros a surgirem na visita e os dados sobre as funções e actividade dos vários Presidentes encerram o percurso.
Jardim Botânico Tropical: É especializado em flora tropical e subtropical. Também foi conhecido como Jardim do Ultramar ou Jardim Agrícola Tropical. No ano da Exposição do Mundo Português, em 1940, os jardins foram todos remodelados de forma a recriarem diversos espaços que ilustrassem as diferenças culturais que constituíam o império português da altura.
Hoje em dia, o jardim e o palácio ocupam cerca de sete hectares. Apesar de um aparente estado de abandono ou degradação, acho que continua a ser um espaço bastante especial.
Museu de Marinha: Está instalado na ala oeste do Mosteiro dos Jerónimos. Estão expostos muitos barcos, uns em miniatura e outros em tamanho original. Para os apaixonados por esta temática é uma perfeita perdição. É um dos mais antigos museus de Portugal.
Abriu portas em 1962, mas a vontade em conservar o passado relacionado com a actividade marítima portuguesa é muito anterior a isso e é graças a ela que agora se expõe peças que não se encontram em mais lado nenhum do mundo.
Planetário Calouste Gulbenkian: Está mesmo ao lado do Mosteiro dos Jerónimos. E eu lembro-me bem da minha visita escolar a este Planetário. Por isso, a primeira vez que regressei lá com os meus filhos foi emocionante.
Claro que afinal aquele céu redondo e estrelado já não me parecia assim tão gigante ou assustador, mas para os miúdos foi muito divertido. Inesquecível. E de todas as vezes que voltámos depois disso, continuou sempre a sê-lo.
Os outros vencedores das 7 Maravilhas de Portugal:
- ALCOBAÇA: Mosteiro de Alcobaça
- BATALHA: Mosteiro da Batalha
- GUIMARÃES: Castelo de Guimarães
- LISBOA: Torre de Belém
- ÓBIDOS: Castelo de Óbidos
- SINTRA: Palácio da Pena
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