Estive em Paris o mês passado durante a minha experiência de InterRail e fiz o que agora faço quando visito uma cidade acima da terceira vez. Relaxo. Saboreio ainda mais. Bebo um café numa esplanada e deixo o mundo passar-me à frente. Faço passeios muito devagarinho, com os sentidos bem atentos. Já não me apetece ir a correr fazer o reconhecimento de todos os símbolos que constam nos postais ilustrados. Até lá posso ir (apesar de preferir outras paragens), mas faço agora tudo com muita calma e outro olhar.
Acredito que o avançar da idade também ajude a ter esta perspectiva sobre as viagens (entre tantas outras coisa na vida!). Mas se estou numa nova fase, a verdade é que a estou a apreciar bastante.
Assim, hoje decidi juntar esta minha constatação à comemoração da tomada da Bastilha que aconteceu no ano de 1789 em Paris, num dia em que o povo decidiu pegou em armas e dirigir-se à velha fortaleza real da Bastilha para enfrentar um valente tiroteio e depois conseguir libertar os prisioneiros que lá estavam.
Porque às vezes há momentos assim. Há momentos em que temos de ser fortes e corajosos para as decisões que não podem mais aguardar. Em que temos de nos rodear de todas as forças e meios ao nosso alcance para enfrentar medos e adversidades. Ou que temos de ter a capacidade de ver tudo sob um novo e diferente ângulo. E, porque não, de começar de novo. Mas sempre que possível de sorriso descarado no rosto.
Porque há momentos em que temos de saber cair para logo a seguir nos conseguirmos levantar. Em que precisamos de descansar para arranjar muita energia para o que aí vem. Ou até aceitar que dar um passo atrás significa que depois seremos capazes de dar muitos mais em frente. Há momentos em que devemos saber comemorar. E para mim, hoje é um desses momentos especiais.
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